sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Circunstâncias de meus versos.


A minha alma insiste em enfatizar a dor
e assim, lágrima a lágrima ela vai perecendo
Forma-se então uma poça em meu coração
e com o intuito de secá-la é que aqui me faço escrevendo.

Há em mim um vazio cuja a razão eu desconheço
e sem me atentar ao fim, cada vez mais eu pereço
Não há motivo algum pelo qual ainda escrevo
a não ser as circunstâncias que me fazem tropeçar.

As mãos que escrevem estes dizeres de sofrer neste momento
são as mesmas que seguraram o sorriso que se foi com o vento
Percebe então os motivos pelos quais estas palavras lhe vieram ao pensamento.

Por: Adriani Bolato
06 de agosto de 2010.

Aquarela: Prelúdio.


"Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá.
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar.
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia, enfim, descolorirá."


É imprescindível que tenhamos a calma para perceber um sorriso cotidiano,
uma borboleta em nosso caminho rotineiro
ou uma viagem que estava fora de nosso plano.
E a felicidade não é quando você consegue chegar onde queria,
mas sim as trilhas que traçaram tal chegada.
Porquanto, em inúmeras vezes estive tão preocupada em alcançar algo que pensava ser a felicidade
que não percebi que já a tinha em minhas mãos, e não soube ver, e não soube dar valor.
E então, quando o desespero sufoca e a angústia provoca
eu tento "redesenhar" o sol
entretanto, já desenhado, descoloriu.
Não terá mais cores e fugirão os amores que só as mesmas atraiam
Assim, é chegada a hora, o fim da passarela, que pensávamos não ter fim.
Bem como o arco-íris que se fazia lindo em sua aquarela, mas ao se delinear na passarela, também descoloriu.

Por: Adriani Bolato
06 de novembro de 2010.

sábado, 30 de outubro de 2010

Essência.


[...] todos nós somos um e quem não tem
pobreza de dinheiro tem pobreza de espírito ou saudade
por lhe faltar coisa mais preciosa que ouro - existe a
quem falte . o delicado essencial.

Por: Clarice Lispector em "A Hora da Estrela"

- Transformação


(...) e eu tenho tanto o que contar em relação aos meus aprendizados..
É tão infindável o crescimento que a vida tem me proporcionado.
Através da convivência com pessoas de extrema grandeza em aspectos interiores, possibilitei a mim mesma a oportunidade de colocar-me em transformação, e com a certeza de que constante e gradativa se faz a mesma em minha vida.
Transpareço um semblante inconstante, carregado da certeza de não ser, inundado de esperanças sem respostas, do que um dia poderá prevalecer.

Por: Adriani Bolato
Março de 2010.

Poesia


Gastei uma hora pensando em um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.

Por: carlos Drummond de Andrade.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

- A Minha Fortaleza: JESUS! (:



Com alguns erros ortográficos, entretanto, divina.

Por: Adriani de Oliveira Bolato
2008.

Aquarela (Toquinho)


Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo.
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva,
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva.

Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel,
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu.
Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul,
Vou com ela, viajando, Havai, Pequim ou Istambul.
Pinto um barco a vela branco, navegando, é tanto céu e mar num beijo azul.

Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená.
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar.
Basta imaginar e ele está partindo, sereno, indo,
E se a gente quiser ele vai pousar.

Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida.
De uma América a outra consigo passar num segundo,
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo.

Um menino caminha e caminhando chega no muro
E ali logo em frente, a esperar pela gente, o futuro está.
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar,
Não tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegar.
Sem pedir licença muda nossa vida, depois convida a rir ou chorar.

Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá.
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar.
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia, enfim, descolorirá.

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (que descolorirá).
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo (que descolorirá).
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo (que descolorirá).

http://www.vagalume.com.br/toquinho/aquarela-original.html#ixzz12M3zwWBX