sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Circunstâncias de meus versos.


A minha alma insiste em enfatizar a dor
e assim, lágrima a lágrima ela vai perecendo
Forma-se então uma poça em meu coração
e com o intuito de secá-la é que aqui me faço escrevendo.

Há em mim um vazio cuja a razão eu desconheço
e sem me atentar ao fim, cada vez mais eu pereço
Não há motivo algum pelo qual ainda escrevo
a não ser as circunstâncias que me fazem tropeçar.

As mãos que escrevem estes dizeres de sofrer neste momento
são as mesmas que seguraram o sorriso que se foi com o vento
Percebe então os motivos pelos quais estas palavras lhe vieram ao pensamento.

Por: Adriani Bolato
06 de agosto de 2010.

Aquarela: Prelúdio.


"Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá.
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar.
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia, enfim, descolorirá."


É imprescindível que tenhamos a calma para perceber um sorriso cotidiano,
uma borboleta em nosso caminho rotineiro
ou uma viagem que estava fora de nosso plano.
E a felicidade não é quando você consegue chegar onde queria,
mas sim as trilhas que traçaram tal chegada.
Porquanto, em inúmeras vezes estive tão preocupada em alcançar algo que pensava ser a felicidade
que não percebi que já a tinha em minhas mãos, e não soube ver, e não soube dar valor.
E então, quando o desespero sufoca e a angústia provoca
eu tento "redesenhar" o sol
entretanto, já desenhado, descoloriu.
Não terá mais cores e fugirão os amores que só as mesmas atraiam
Assim, é chegada a hora, o fim da passarela, que pensávamos não ter fim.
Bem como o arco-íris que se fazia lindo em sua aquarela, mas ao se delinear na passarela, também descoloriu.

Por: Adriani Bolato
06 de novembro de 2010.